Vírus, virose… Pronto, não há assim tantos termos para os programas maliciosos que navegam pela Internet fora, mas ainda assim dão pano para mangas. Neste artigo, vamos falar um pouco sobre as ameaças mais comuns no que toca a vírus com que o utilizador se poderá deparar e as principais defesas de que dispõe, antivírus e firewall, que tornam o computador mais seguro.
Vírus
Vírus há imensos. Antivírus há igualmente imensos. Uns gratuitos, outros mediante quantias variadas, mas a verdade é que o melhor antivírus é o bom senso.
Não significa que não devem usar antivírus de todo. O Windows Defender, que já vem com o sistema operativo do Windows, é o único de que precisam. Combinado com o bom senso, não há vírus que passe.
Passemos, então, a explicar o que é um vírus. Vírus são programas maliciosos que procuram danificar o computador ou o seu conteúdo. Podem tentar roubar informação, controlar o computador remotamente, fazer ficheiros reféns, servir de porta de entrada para mais vírus… Mas, em termos muito simples, e pegando no que um utilizador comum encontrará, vírus são ou ficheiros executáveis (.exe) que instalam um programa malicioso ou modificam os ficheiros do sistema (entenda-se, do próprio Windows) ou ficheiros de sistema mesmo (.ini, .dll). Tanto num caso como noutro são fáceis de identificar pela extensão, mas, no caso dos executáveis, podem tentar fazer-se passar por ficheiros normalmente inofensivos, como imagens.
Caso não tenham a certeza da extensão de um ficheiro, podem, na aba “Ver” de qualquer pasta, ativar a opção para ver as extensões. Assim nunca haverá dúvida de que tipo de ficheiro se trata.
Os ficheiros de sistema são ficheiros que modificam a forma como o computador (o Windows) se comporta. Para poderem causar problemas, têm de estar na pasta do sistema operativo (por definição C:\Windows) e, normalmente, substituem um já existente. Não há grande motivo para o comum tradutor abrir essa pasta de todo. Noutras partes do computador são inofensivos, mas também não há grande motivo para os descarregarem.
E de onde vêm estes célebres ficheiros? Da vastidão da Internet, claro, e há várias formas de os encontrar. Antes que fiquem com medo de abrir o vosso navegador, respirem. O próprio Google filtra os resultados antes de os mostrar, portanto as páginas mais perigosas são excluídas à partida. Há, porém, outros meios, e é aqui que entra o bom senso (sim, vamos falar muito dele).
“Ai, estava a pesquisar e apareceu uma janelinha a dizer que tenho 37 vírus e para fazer uma análise do sistema!”
Não confiem. Primeiro, como é que uma página teria acesso a essa informação? Segundo, como é que conseguiu detetar X número de vírus no tempo que demoraram a abrir a página, se uma análise normal pode demorar horas? Terceiro, quer que instale alguma coisa? Não, obrigado.
“Mandaram-me um ficheiro RAR! Eu não toco nisso!”
Ficheiros RAR por si só são inofensivos. Ficheiros comprimidos (ZIP, RAR) não passam de pacotes com outros ficheiros dentro. Podem ver o conteúdo sem o extrair e avaliar se é seguro ou não. Só tem umas imagens ou documentos? Tudo bem. Tem um .exe ou ficheiros cuja terminação nem conhecem? Deixa estar!
Ainda assim, podem extrair o conteúdo. Um .exe não se executa sozinho. Seria preciso extrair e executar, e, ao extrair, o executável teria ainda de passar pelo Windows Defender e de ter permissão do utilizador para ser instalado.
“Mandaram-me uma ligação! Não vou abrir!”
Podem abrir, se a fonte for fidedigna*. Ligações não vão fazer vírus aparecer do ar. O que poderá acontecer é, ao abrir, o navegador acusar que a página é insegura e não deixar continuar. Se por acaso deixar passar e a página tentar instalar alguma coisa, o Windows abre a janela de controlo de permissões de utilizador a pedir a confirmação. É só mandá-lo ir dar uma curva.
*Se a fonte for um contacto vosso a mandar-vos uma ligação do nada, sem explicar o porquê do envio, o mais sensato será sempre pedir à pessoa que explique. Verifiquem também, no caso de e-mail, se é mesmo o endereço da pessoa ou um endereço semelhante a tentar fazer-se passar por ela. O vosso contacto pode ter sido infetado e nem saber. O mesmo se aplica a e-mails estranhos que aparentem vir de entidades ou sites nos quais possam ter conta (Facebook, LinkedIn, bancos, etc.). Verifiquem sempre o remetente antes de abrir qualquer ligação.
Se estiverem na dúvida quanto à origem de um ficheiro .exe, não o executem. Dos demais tipos de ameaças encarrega-se o Windows Defender. Podem confiar.
Ainda usam o Windows XP/Vista/7 e não têm o Windows Defender? Está na hora de se atualizarem, sobretudo porque a Microsoft já não lança atualizações para essas versões, portanto os riscos de segurança são muito maiores.
As duas principais defesas contra programas nocivos são o antivírus e a firewall
O antivírus é um programa que analisa os ficheiros que entram no computador e, com base numa base de dados, verifica se são ou não uma ameaça. Se forem, são apagados de imediato. O antivírus pode, no entanto, dar falsos positivos e apagar ficheiros que sabem ser de fontes fidedignas, portanto o antivírus nem sempre acerta. Mais uma vez, bom senso.
O Windows é um sistema operativo que sempre foi assolado por vírus, e é uma fama que perdura um pouco até hoje. Felizmente, desde a integração do Windows Defender no Windows 8, a situação mudou por completo. De repente, o sistema operativo mais vulnerável tornou-se uma fortaleza à prova de quase tudo.
A firewall é uma “barreira” que defende o computador e limita o acesso que um programa tem a redes externas da mesma forma que impede também o acesso de fontes externas ao nosso computador. De forma muito simplificada, se um programa precisar de aceder à Internet para executar alguma tarefa, tem de passar pela firewall. Para isso, ou será já uma exceção dentro dela, ou será necessário criá-la. Reitero, bom senso. Faz sentido este programa comunicar com servidores externos? Dá-se acesso. Não há motivo para tal? Limita-se.
O Windows Defender já tem a própria firewall. Como tal, não têm de se preocupar em instalar uma.
Atualizem o antivírus e o software!
Que o antivírus precisa de ser atualizado não creio que haja grande dúvidas. Há, porém, a necessidade de atualizar os demais programas dentro de um computador.
As atualizações não são apenas para corrigir erros ou adicionar funcionalidades. Muitas vezes o programa atualiza e não vemos nada diferente. Então, que terá feito? Muito possivelmente resolveu falhas de segurança que poderiam existir. Software desatualizado pode pôr em risco a segurança de um computador. O mesmo aplica-se ao sistema operativo. Façam lá a vontade ao Windows e instalem aquela atualização que ele anda a pedir há um mês. Ele só quer proteger-vos melhor.